quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

A FORMAÇÃO DA PERSONALIDADE

A configuração única da personalidade de um indivíduo desenvolve-se a partir de fatores genéticos e ambientais.
            Os fatores genéticos exercem sua influência através da estrutura orgânica e do processo de maturação. Os fatores ambientais incluem tanto o meio físico como social e começam a influenciar a formação da personalidade já na vida intra-uterina. No mesmo instante em que o óvulo é fecundado, o ser humano recebe a totalidade de sua herança genética. Nada poderá ser acrescentado. Mas a partir do momento da fecundação, este projeto de indivíduo se encontra necessariamente sob a influência de um ambiente, o útero materno, habitat primário dos mamíferos. Portanto, do ponto de vista da genética, nem tudo aquilo com que nascemos é hereditariedade.


Personalidade e Hereditariedade

            Hereditariedade é a transmissão de caracteres dos pais aos seus descendentes através dos genes. Os genes (ou gens) são estruturas minúsculas encontradas nos cromossomos, presentes no núcleo das células.
            As células humanas, como se sabe, têm 46 cromossomos dispostos em 23 pares. As células germinativas (espermatozóide e óvulo) contêm apenas um membro de cada par, de modo que, quando se unem e formam o zigoto, completam novamente os 23 pares. Assim na formação de cada novo indivíduo, exatamente a metade dos cromossomos vem do pai e a outra metade, da mãe.
            Um cálculo teórico estabeleceu em 8.385.108 o número possível de combinações diferentes de cromossomos para um único homem ou para uma mesma mulher. Resulta daí que, numa concepção, qualquer um destes milhões de espermatozóides diferentes pode fecundar qualquer um dos milhões de tipos de óvulos. A possibilidade de nascerem indivíduos diferentes, no entanto, é ainda infinitamente maior dado o fenômeno do “atravessamento”, isto é, à possível troca de genes entre os cromossomos.
            Apontam Bigge e Hunt (1994) que as combinações possíveis de genes são de tal ordem que um único casal poderia ter 20 tipos diferentes de crianças, número superior ao total de seres humanos que jamais existiram.
            Não é surpreendente, portanto, que dois irmãos possam ser muito diferentes entre si e nem que cada pessoa seja única no mundo.

            Seria um erro pensar, entretanto, que a hereditariedade estabeleça apenas diferenças entre as pessoas; existe um limite para as diferenças individuais estabelecidas pela hereditariedade. Qualquer que seja a combinação de cromossomos que venha a ocorrer, nada poderá estar aí que não tenha provindo de um dos pais. Quanto mais próximas as relações de parentesco entre as pessoas, menores são as diferenças genéticas encontradas. Assim, as diferenças entre primos são maiores do que entre irmãos, entre gêmeos fraternos do que entre gêmeos idênticos. Os gêmeos univitelinos são as únicas pessoas iguais entre si do ponto de vista genético. Por isso, são de grande interesse para o estudo das questões ligadas à hereditariedade. 

Até a próxima,..

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