Um
conjunto de decisões interdependentes é absolutamente amplo, o que dificulta
substancialmente uma abordagem global, levando-nos a considerá-lo por etapas,
seqüencialmente. Desta forma, um conjunto de decisões associadas não admite
decomposição em subconjuntos independentes, bem ao contrário, tomada a primeira
decisão, cada decisão posteriormente considerada pode levar em conta a decisão
anterior. Assim, podemos fracionar um problema amplo em subproblemas mais
simples, em que cada um contém um mínimo definido e um número mais reduzido de
variáveis. Este é o argumento básico da Programação
Dinâmica que baseia-se no método de recorrência, que permite a decomposição
de um problema com “n” variáveis em “n” problemas com uma única variável.
O QUE É PROCESSO
DECISÓRIO
As
decisões são tomadas em resposta a algum problema a ser resolvido, a alguma
necessidade a ser satisfeita ou a algum objetivo a ser alcançado. As decisões
envolvem um processo, isto é, uma seqüência de passos ou fases que se sucedem.
Daí o nome “processo decisório”.
Todas as organizações, cientistas, políticos, gerentes, enfrentam com
assiduidade o problema de tomar decisões. Não há nada mais fatal para um
executivo do que a insegurança na hora de tomar decisões. Os problemas, quando
convenientemente analisados, apresentam-se de forma muito simples, admitem
soluções simples e a escolha de decisões, no caso, é um problema geralmente
simples. À medida que o espaço de alternativas cresce, cresce em geral, o
número de linhas de ação para a tomada de decisão. Neste caso, um gerente que
vai tomar decisões, reconhece o grau de complexidade do Processo Decisório. Sob o ponto de vista mais objetivo, podemos
conceituar o planejamento como um processo de tomada de decisão, subtendo-se um
conjunto de decisões interdependentes.
FASES DO PROCESSO
DECISÓRIO
a) Definição e diagnóstico do problema:
Essa fase envolve a obtenção dos dados e dos fatos a respeito do problema.,
suas relações com o contexto mais amplo, suas causas, definição e diagnostico;
b) Processo de
soluções alternativas mais promissoras: Esta fase envolve a busca de cursos
alternativos de ação possíveis e que se mostrem mais promissoras para a solução
do problema, satisfação da necessidade ou alcance do objetivo;
c) Análise e
comparação dessas alternativas de solução: É a fase na qual as alternativas de
cursos de ação são devidamente analisadas, ponderadas e comparadas, no sentido
de verificar os custos e os benefícios;
d) Seleção e escolha da melhor alternativa
como um plano de ação: A seleção e a escolha de uma alternativa de curso de
ação implicam o abandono dos demais curso alternativos. O tomador de decisão
escolhe uma alternativa dentre varias outras. Se ele escolhe os meios
apropriados para alcançar um determinado objetivo, a decisão é considerada
racional.
O
processo decisório na empresa se caracteriza pelos seguintes aspectos:
a) O tomador de
decisões evita a incerteza e segue as regras padronizadas para tomar as
decisões;
b) Procura manter as
regras estabelecidas pela empresa e somente a redefine quando sofre pressões;
c) Quando o ambiente
muda subitamente e novas estatísticas afloram ao processo decisional, a empresa
se mostra relativamente lenta no ajustamento e tenta utilizar o seu modelo
decisório atual a respeito do mundo para lidar com as condições modificadas.
ELEMENTOS
DO PROCESSO DECISÓRIO
O
processo de tomada de decisão pode ser dividido em quatro elementos principais.
Todo bom tomador de decisões deve, consciente ou inconscientemente, passar por
cada um deles. São eles:
·
Estruturar
a questão: Isso
significa definir o que deve ser decidido e determinar, de forma preliminar,
que critérios o fariam preferir uma opção em detrimento de outra. Ao fazê-lo,
os bons tomadores de decisões consideram o ponto de vista a partir do qual eles
e os outros irão enfocar a questão e quais os aspectos mais importantes. Assim,
inevitavelmente, eles simplificam o mundo;
·
Colher
informações: Procurar
tanto os fatos reconhecíveis como as estimativas razoáveis a respeito dos
“não-reconhecíveis”, necessários para tomar a decisão. Os bons tomadores de
decisões administram a pesquisa com um esforço deliberado para evitar falhas,
como o excesso de confiança naquilo em que confirmem suas inclinações;
·
Chegar
a conclusões: Uma
estruturação perfeita e boas informações não garantem uma decisão correta. As
pessoas não podem tomar consistentemente boas decisões usando apenas critérios
intuitivos, mesmo dispondo de dados excelentes. Uma abordagem sistemática força
você a examinar vários aspectos, conduzindo, muitas vezes, a decisões melhores
do que fariam horas de trabalho desorganizado. Numerosos estudos têm mostrado que
tanto iniciantes como profissionais experientes fazem julgamentos mais acurados
quando seguem regras sistemáticas do que quando confiam somente em seu
julgamento intuitivo;
·
Aprender
com o feedback: Cada
um precisa estabelecer um sistema para aprender com os resultados de decisões
passadas. Isso por via de regra significa manter o acompanhamento daquilo que
você esperava que acontecesse, resguardando-se sistematicamente contra
explicações egoístas e assegurando-se de rever as lições produzidas pelo feedback
na próxima vez em que surgir uma decisão semelhante.
Essas quatro fases provêem a espinha dorsal de quase todos os processos
de decisão. Porém, as fases desse processo não precisam ser efetuadas uma
depois da outra. Na verdade, as informações obtidas na fase de coleta devem,
muitas vezes, inspira-lo a voltar e reformular sua decisão. Além disso, um
problema, complexo pode exigir uma série de decisões menores, cada uma das
quais envolverá várias decisões de estruturação, vários esforços de coleta de informações
e varias etapas de chegada a conclusões.
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