As
semelhanças entre os três modelos são evidentes, entretanto existem também
importantes contrastes. Maslow e Alderfer centram-se nas necessidades internas
do empregado, enquanto Herzberg diferencia as condições do cargo que podem ser
promovidas para a satisfação de necessidades.
As
interpretações populares dos modelos de Maslow e Herzberg sugerem que em
sociedades modernas a maioria dos trabalhadores já satisfez suas necessidades
mais baixas, estando mais motivados por necessidades mais altas. Alderfer
sugere que o fracasso na satisfação de necessidades de relacionamento ou de
crescimento irá causar interesse renovado pelas necessidades de existência.
Finalmente,
todos os três modelos indicam que antes de um administrador tentar aplicar uma
recompensa, seria útil descobrir qual a necessidade particular do empregado
naquele momento.
As Teorias Motivacionais de Processo
As teorias de processo, em vez de
definirem quais variáveis afetam a motivação, tentam explicar por quais
processos estas variáveis se inter-relacionam.
a) Woodworth: No
século XVIII, as idéias de "racionalismo" e de free will eram predominantes, pouca atenção foi concedida pelos
pesquisadores a questões tais como as do ser humano. As primeiras pesquisas
ligadas aos processos de comportamento foram desenvolvidas em animais. Campbell
e Pritchard citam Woodworth como o primeiro pesquisador sobre comportamento, ao
procurar conceituar drive (atividade,
impulso, energia com que alguém se dedica a uma atividade) e ao querer
determinar quais fatores levam pessoas a serem mais ou menos ativas.
b) Prof. Kurt Lewin:
Até 1950 pouco se desenvolveram as teorias motivacionais de processo. Em 1951 o
Prof. Kurt Lewin, se constituiu no primeiro teórico a criar um modelo
explicativo sobre o comportamento humano, com sua "teoria de campo",
que diz: O indivíduo possui uma estrutura de necessidades, envolvendo necessidades
fisiológicas e psicológicas. Tais necessidades, por não estarem satisfeitas,
criam um estado de tensão (idéia análoga à da tensão elétrica ou diferença de
potencial) que faz com que o indivíduo atue (exerça ações) no sentido de
reduzir tal tensão ao invés de satisfazer as referidas necessidades. Para
tanto, o indivíduo tenta distinguir a atratividade de cada resultado que
poderia ser obtido por cada ação, ligando-o à intensidade ou habilidade de
reduzir a tensão. Esta propriedade é chamada por Lewin de "valência":
- A força com que o
indivíduo se lança a uma tarefa ou para atingir um objetivo é resultante de uma
combinação da necessidade de reduzir tensões com a atratividade ou valência
daquele caminho;
-
A ação passada e os dados anteriores acumulados pelo indivíduo servem de
reforço positivo ou negativo ao comportamento do indivíduo apenas através de
sua percepção de cada caminho, ou seja, através da "valência".
c) Skinner: Um
outro marco no campo dos antecedentes das teorias motivacionais de processo,
segundo Campbell e Pritchard, é dado por Skinner, cuja posição é diferente da
de Lewin, pois sua base se situa na teoria do reforço. Para ele, o
comportamento humano pode ser explicado e previsto através da possibilidade que
um indivíduo tenha sido exposto ou não a situações similares no passado.
d) Vroom: Após
tais antecedentes (Lewin e Skinner), o principal trabalho surgido sobre as
teorias motivacionais de processo foi o de Vroom. Segundo o qual, a força que
leva uma pessoa a escolher um caminho ou a exercer uma tarefa é uma função de
duas variáveis:
- Da valência ou o valor percebido de
resultados decorrentes do caminho escolhido ou da tarefa feita;
- Da expectativa ou crença de que o
comportamento adotado levará à obtenção de tais objetivos ou resultados.
Por sua vez, a valência de um dado
caminho é função do produto de todos os resultados decorrentes desse caminho
pelas instrumentalidades, sendo a instrumentalidade uma medida de que um certo
objetivo "meio" conduza ao objetivo seguinte, visto como
"fim".
Nenhum comentário:
Postar um comentário