Maslow identificou cinco necessidades
fundamentais e as dispôs numa hierarquia:
5. Necessidade de auto-realização
4. Necessidade de respeito/reconhecimento
3. Necessidade de aceitação
e afeto
2. Necessidade de segurança
1. Necessidades fisiológicas
Como é possível observar, estão ali
dispostos em termo em que se manifestam, desde o nível mais elementar de
sobrevivência até a auto-realização, o apogeu da existência humana:
- Necessidades
fisiológicas: A fome é uma necessidade chamada física, assim como: a sede,
a necessidade de dormir, do oxigênio, da eliminação, do sexo, e tantas outras
atividades que ajudam a manter um estado físico satisfatório. Cada uma dessas
necessidades liga-se com um sistema biológico junto ao corpo, que na maioria
dos casos, para poder sobreviver, exige a satisfação. Ninguém pode imaginar um
homem privado do oxigênio mais de 8 minutos, ou privado de água e viver mais de
uma semana ou privado de comida e viver mais de um mês. Por isso, assim que uma
pessoa se torna ciente da falta de oxigênio, água ou comida, ela se torna
agitada, irrequieta e tensa, até que consiga algo para satisfazer estas
necessidades. O mesmo acontece com todas as outras necessidades fisiológicas,
incluindo o sexo, exceto que a necessidade do sexo parece a única necessidade
não exigida para a sobrevivência individual, mas é muito importante para a
sobrevivência da raça.
Ao identificar as necessidades
fisiológicas como sendo as preponderantes Maslow quis dizer que, se uma pessoa
fosse totalmente carente - se todas as necessidades estivessem por satisfazer -
ela seria dominada por suas necessidades fisiológicas; suas outras necessidades
desapareceriam ou seriam reprimidas. No entanto, uma vez satisfeitas as
necessidades fisiológicas, surgem então necessidades “mais altas” que passam a
dominar o comportamento. Ao serem atendidas, elas são substituídas por outras
necessidades mais altas por serem mais tipicamente humanas, e assim por diante.
Eis, pois, o que Maslow pretendeu dizer ao conceber as necessidades humanas
dispostas em uma hierarquia de preponderância relativa;
- Necessidade de segurança: Preenchidas
as necessidades fisiológicas, surgem as necessidades de segurança, Karem Horney
define como a “necessidade de sentir-se seguro de perigos hostis e ameaças do
mundo”. A segurança física não se revela tão importante como a segurança
psicológica, conforme ficou demonstrado durante a guerra. Crianças que
assistiram ao bombardeio da Segunda Guerra Mundial, em Londres, manifestaram
menos insegurança do que as crianças que ficaram privadas dos pais e mandadas
para lugares mais seguros. Evidentemente as pessoas que nos amam e nos querem
bem representam para nós maior segurança do que toda segurança física que
sentimos na presença de pessoas estranhas. Mesmo como adultos nos sentimos inseguros
quando tememos que ninguém nos quer, ninguém nos ama, em situações em que
pessoas estranhas nos cercam, em situações de perigo.
A satisfação dessa
necessidade requer uma real segurança física e ainda uma sensação de estar
protegido dos males e danos, tanto físico quanto emocional (potencialmente
“gratificáveis” por salários, benefícios marginais e um sentimento de segurança
na capacidade pessoal de ganhar o sustento pelo trabalho realizado).
As necessidades fisiológicas e as de
segurança acham-se, ambas, centradas no indivíduo. Contudo, uma vez
satisfeitas, aparecem as necessidades secundárias;
- Necessidade de aceitação e afeto
(sociais): Neste estágio, o indivíduo é motivado a assegurar o seu lugar num
determinado grupo, com a gratificação do sentimento de a ele pertencer, bem
como a construir relações emocionais íntimas com outros, a dar e receber amor;
- Necessidade de respeito/reconhecimento:
Maslow denominou necessidade de “respeito” o conjunto de necessidades
seguintes, o qual não só inclui a necessidade de auto-respeito e a de uma auto
avaliação de si mesmo, como também abrange o respeito ou consideração por parte
dos outros indivíduos. Maslow classificou esta necessidade em dois
subconjuntos. Primeiro, há uma necessidade de independência e liberdade e de um
sentimento íntimo de confiança na própria competência para lidar com o mundo.
Segundo, há a necessidade de ter esta competência reconhecida e apreciada pelos
outros;
- Necessidade de auto-realização: Quando
todas as outras necessidades foram satisfeitas, a última a emergir é a da
auto-realização. Segundo Maslow, “aquilo que um homem pode ser, ele deve ser”.
A auto realização não é tanto um estado ou estágio do organismo, como a fome, a
ser satisfeito por uma gratificação periódica. Trata-se, ao invés disso, de um
processo do ser humano, no qual o indivíduo luta para alcançar a extensão total
da sua capacidade.
De acordo com Maslow, as necessidades
fisiológicas, as de segurança, as de afeto e as de respeito são todas
necessidades por escassez, por déficit, enquanto, por outro lado, a necessidade
de auto-realização é a necessidade de crescimento. Os quatro primeiros
conjuntos de necessidades foram denominados de déficit por serem resultantes da
falta de alimentação ou da falta de segurança e etc. Contudo, a pessoa que
busca a auto-realização, livre das necessidades por déficit, está emprenhada no
processo de realizar suas potencialidades de vivenciar o conceito que tem de si
mesmo.
Cada pessoa é uma entidade singular e
“única” e precisa procurar sua fórmula própria de realização. Trata-se, pois,
quase que inteiramente, de um processo interno, e a gratificação da
necessidade, o sentimento de realização, advêm da experiência de executar
coisas que realizam o potencial da pessoa. A auto-realização é uma necessidade
de crescimento por ser, em sua essência, um processo permanente de
autodesenvolvimento. Cada novo desenvolvimento do ser constitui prospecção para
um desenvolvimento posterior.
Embora Maslow defendesse a relativa
integridade da ordem de sua hierarquia, ele não acreditava que uma necessidade
tivesse 100% satisfeita, antes que surgisse a necessidade mais elevada. Pelo
contrário, ele afirmou que a maior parte dos integrantes de nossa sociedade se
acha, ao mesmo tempo, parcialmente satisfeita e parcialmente insatisfeita,
quanto a todas as suas necessidades básicas.
Até a próxima...
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