Toda
cultura se apresenta em três diferentes níveis:
a) Artefatos: Constituem o primeiro nível da
cultura, o mais superficial, visível e perceptível. Artefatos são as coisas
concretas que cada um vê, ouve e sente quando se depara com uma organização.
Incluem os produtos, serviços, e os padrões, de comportamento dos membros de
uma organização. Quando se percorre os escritórios de uma organização, pode-se
notar como as pessoas se vestem, como elas falam, sobre o que conversam, como
se comportam, o que são importantes e relevantes para elas. Os artefatos são
todas ou eventos que podem nos indicar visual ou auditivamente como é a cultura
da organização. Os símbolos, as histórias, os heróis, os lemas, as cerimônias
anuais são exemplos de artefatos;
b) Valores compartilhados: Constituem o
segundo nível da cultura. São os valores relevantes que se tornam importantes
para as pessoas e que definem as razões pelas quais elas fazem o que fazem.
Funcionam como justificativas aceitas por todos os membros. Em muitas culturas
organizacionais os valores são criados originalmente pelos fundadores da
organização;
c) Pressuposições básicas: Constituem o nível
mais íntimo, profundo e oculto da cultura organizacional. São as crenças
inconscientes, percepções, sentimentos e pressuposições dominantes nos quais as
pessoas acreditam. A cultura prescreve a maneira de fazer as coisas adotadas na
organização, muitas vezes através de pressuposições não escritas e nem sequer
faladas.
FORMAS DE APRENDIZAGEM DA
CULTURA ORGANIZACIONAL
Os
funcionários aprendem a cultura organizacional através de várias formas:
a) Histórias: Contos e passagens sobre o fundador da companhia, lembranças,
sobre dificuldades ou eventos especiais, regras de conduta, corte e recolocação
de funcionários. Acertos e erros do passado geralmente ancoram o presente no
passado e explicam a legitimação das práticas atuais;
b) Rituais e cerimônias: São seqüências
repetitivas de atividades que expressam e reforçam os valores principais da
organização. As cerimônias de fim de ano e as comemorações do aniversário da
organização são rituais que reúnem e aproximam a totalidade dos funcionários
para motivar e reforçar aspectos da cultura da organização, bem como reduzir os
conflitos;
c) Símbolos materiais: A arquitetura do
edifício, as salas e mesas, o tamanho e arranjo físico dos escritórios
constituem símbolos materiais que definem o grau de igualdade ou diferenciação
entre as pessoas e o tipo de comportamento (como assumir riscos ou seguir a
rotina, autoritarismo ou espírito democrático, estilo participativo ou
individualismo, atitude conservadora ou inovadora) desejados pela organização.
Os símbolos materiais constituem a comunicação não verbal;
d) Linguagem: Muitas organizações e mesmo
unidades dentro das organizações utilizam a linguagem como um meio de
identificar membros de uma cultura ou subcultura. Ao aprender a linguagem, o
membro confirma a aceitação da cultura e ajuda a preservá-la. As organizações
desenvolvem termos singulares para descrever equipamentos, escritórios, pessoas
- chaves, fornecedores, clientes ou produtos. Também a maneira como as pessoas
se vestem e os documentos utilizados constituem formas de expressar a cultura
organizacional.
TIPOS DE CULTURA
ORGANIZACIONAL
a) Culturas adaptativas: Se caracterizam pela sua maleabilidade e flexibilidade e
são voltadas para a inovação e a mudança. São organizações que adotam e fazem
constantes revisões e atualizações, em suas culturas adaptativas se
caracterizam pela criatividade, inovação e mudanças. De um lado, a necessidade
de mudança e a adaptação para garantir a atualização e modernização, e de
outro, a necessidade de estabilidade e permanência para garantir a identidade
da organização. O Japão, por exemplo, é um país que convive com tradições
milenares ao mesmo tempo em que cultua e incentiva a mudança e a inovação
constantes. Nos ambientes empresariais em rápida mudança, a capacidade de
introdução de novas estratégias e práticas organizacionais é uma necessidade se
a empresa tiver que atingir um desempenho superior por um longo período de
tempo. As marcas de excelência de uma cultura adaptável são:
- Líderes que têm comprometimento maior com
princípios perpétuos do negócio e com depositários organizacionais;
- Membros do grupo que são respectivos ao risco, à
experimentação, à inovação e à mudança de estratégias e práticas, sempre que
for necessário para satisfazer os legítimos interesses dos depositários.
b) Culturas conservadoras: Se caracterizam
pela manutenção de idéias, valores, costumes e tradições que permanecem
arraigados e que não mudam ao longo do tempo. São organizações conservadoras
que se mantêm inalteradas como se nada tivesse mudado no mundo ao seu redor;
c) Culturas fortes: Seus valores são
compartilhados intensamente pela maioria dos funcionários e influencia
comportamentos e expectativas. Empresas como IBM, 3M, Merk, Sony, Honda, estão
entre aquelas que ostentam culturas fortes. As empresas com cultura forte
tipicamente têm declaração de valor e os executivos encorajam as pessoas a
segui-los de maneira regular e seriamente;
d) Culturas fracas: São culturas mais
facilmente mudadas. Como exemplo, seria uma empresa pequena e jovem. Como está
no início, é mais fácil para a administração comunicar os novos valores, isto
explica a dificuldade que as grandes corporações tem para mudar sua cultura. A cultura
de uma empresa pode ser fraca e fragmentada no sentido de que existem muitas
subculturas, poucos valores e normas comportamentais são vastamente
compartilhados e existem poucas tradições fortes.
Até a próxima...
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