Existem
diferentes modelos teóricos de interpretação do processo motivacional:
a) Teoria
Behaviorista: A motivação, para o Behaviorismo, tem como ponto central o
conceito de impulso, entendido como a força que impele à ação e o hábito
a via de acesso construída entre o ponto de partida (estímulo) e o destino
(resposta). Os hábitos são criados pela contiguidade da resposta ao reforço. A
presença do reforço reduz o impulso, uma vez que sacia sua necessidade;
b) Teoria Cognitiva:
Procuram negar que o efeito dos estímulos sobre o comportamento seja automático
(colocando-se contra a behaviorista). Acredita que nós escolhemos, por meio da
percepção, pensamento e raciocínio, os valores, as crenças, as opiniões e as
expectativas que regularão a conduta para uma tarefa almejada. Mas, reconhece
que o comportamento e seu resultado dependerão tanto das escolhas conscientes
do indivíduo, como dos acontecimentos do meio sobre os quais não tem controle e
que atuam sobre ele;
c) Teoria
Psicanalítica: Freud entendia que o comportamento humano é determinado,
basicamente, pela motivação inconsciente e pelos impulsos instintivos.
Portanto, a mais forte tendência de comportamento não é, necessariamente,
aquela que a pessoa conscientemente decide que é melhor para ela. Nesta
abordagem, a motivação do comportamento, em grande parte, é proveniente do Id e
o comportamento resulta da interação, conflituosa ou não entre ID, EGO e
SUPEREGO.
Classificação Das
Teorias Sobre Motivação
O
exame dos mecanismos da motivação gerou, nas última décadas, um volume muito
grande de pesquisas, escritos e teorias, de modo que tem sido necessário, aos
que se preocupam em rever de maneira ordenada o campo existente de conhecimento
sobre motivação, criar uma classificação sobre as teorias principais que
investigam a motivação humana.
Em
1970, Campbell, Dunette, Lawler e Weick (professores de psicologia e Ciências
Administrativas das Universidades de Minnesota e Yale, dos Estados Unidos, após
um longo trabalho conjunto de pesquisas, destinado a estudar a produção
científica acerca da eficácia gerencial, criaram uma classificação das teorias
sobre motivação, que é a mais aceita atualmente. Esta classificação agrupou as
teorias motivacionais em duas categorias:
1.
As Teorias Motivacionais de Conteúdo
As
teorias motivacionais de conteúdo se interessam menos pelos mecanismos de
articulação existentes entre as variáveis que se ligam e mais pelas variáveis
propriamente ditas: Por isso é que os autores citados as designaram
genericamente de "teorias substantivas" ou "de conteúdo".
Segundo Campbell, Dunette, Lawler e Weick, os principais autores das teorias
substantivas ou de conteúdo são:
a)
A Teoria motivacional de Abraham Maslow: Maslow não estava interessado
em esclarecer através de que processo a satisfação de tais necessidades geravam
motivação e, sim, preocupado com caracterizar a existência destas necessidades,
às quais, para ele, eram motivos determinantes do comportamento.
Há uma série universal de necessidades
fundamentais inerentes ao homem, que têm seus próprios atributos, os quais não
são determinados pelas estruturas sociais, pelos modelos culturais ou por
processo de socialização. O que difere é a ênfase e os meios de satisfazê-los,
o que varia de cultura de um grupo ao outro. Estudando o comportamento humano,
os psicólogos em geral concluem que todo comportamento é motivado, isto é
provocado de alguma necessidade dentro do homem e não lhe pode ser imposto.
Defini-se o comportamento, como sendo uma tentativa de satisfazer uma
necessidade.
O que é necessidade? O que acontece
quando sentimos necessidade? Uma necessidade é um estado de tensão ou de
desequilíbrio que resulta da falta, da ausência que sentimos dentro de nós
mesmos. Sentida esta ausência desta necessidade, a pessoa torna-se tensa e
irrequieta, ativando-a a satisfazer esta necessidade - procurando livrar-se
desta tensão e alcançar o estado de satisfação e equilíbrio. O homem, por
exemplo, que esteja assistindo um show de TV, pode muito bem não estar com
fome, não ter necessidade de comer. Mas o que acontece, tão logo a propaganda
anuncia algo de gostoso? Tal pessoa sente-se com vontade, sente necessidade de
ir à cozinha comer, ou seja, ela sente-se num estado de tensão e desconforto
até o momento em que ela satisfaça esta necessidade. Desta forma aliviará a
tensão, e o equilíbrio se restabelece.
Para Maslow, a humanidade está
perpetuamente dependendo de indivíduos que estejam empenhados em incessante
esforço para encontrarem formas de satisfazer suas necessidades básicas. Uma
pessoa é motivada a alcançar um determinado objetivo por possuir internamente a
necessidade de alcançá-lo. As necessidades básicas não são estáticas: uma vez
satisfeita uma necessidade, ela não mais atuará como agente motivador do
comportamento. Outras necessidades, então, passam a ocupar a “linha de frente”,
e o comportamento é dirigido para a sua satisfação.
Até a próxima...
Nenhum comentário:
Postar um comentário