quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Modelos Teóricos Da Motivação

Existem diferentes modelos teóricos de interpretação do processo motivacional:
a) Teoria Behaviorista: A motivação, para o Behaviorismo, tem como ponto central o conceito de impulso, entendido como a força que impele à ação e o hábito a via de acesso construída entre o ponto de partida (estímulo) e o destino (resposta). Os hábitos são criados pela contiguidade da resposta ao reforço. A presença do reforço reduz o impulso, uma vez que sacia sua necessidade;

b) Teoria Cognitiva: Procuram negar que o efeito dos estímulos sobre o comportamento seja automático (colocando-se contra a behaviorista). Acredita que nós escolhemos, por meio da percepção, pensamento e raciocínio, os valores, as crenças, as opiniões e as expectativas que regularão a conduta para uma tarefa almejada. Mas, reconhece que o comportamento e seu resultado dependerão tanto das escolhas conscientes do indivíduo, como dos acontecimentos do meio sobre os quais não tem controle e que atuam sobre ele;

c) Teoria Psicanalítica: Freud entendia que o comportamento humano é determinado, basicamente, pela motivação inconsciente e pelos impulsos instintivos. Portanto, a mais forte tendência de comportamento não é, necessariamente, aquela que a pessoa conscientemente decide que é melhor para ela. Nesta abordagem, a motivação do comportamento, em grande parte, é proveniente do Id e o comportamento resulta da interação, conflituosa ou não entre ID, EGO e SUPEREGO.


Classificação Das Teorias Sobre Motivação

O exame dos mecanismos da motivação gerou, nas última décadas, um volume muito grande de pesquisas, escritos e teorias, de modo que tem sido necessário, aos que se preocupam em rever de maneira ordenada o campo existente de conhecimento sobre motivação, criar uma classificação sobre as teorias principais que investigam a motivação humana.

Em 1970, Campbell, Dunette, Lawler e Weick (professores de psicologia e Ciências Administrativas das Universidades de Minnesota e Yale, dos Estados Unidos, após um longo trabalho conjunto de pesquisas, destinado a estudar a produção científica acerca da eficácia gerencial, criaram uma classificação das teorias sobre motivação, que é a mais aceita atualmente. Esta classificação agrupou as teorias motivacionais em duas categorias:


1. As Teorias Motivacionais de Conteúdo

As teorias motivacionais de conteúdo se interessam menos pelos mecanismos de articulação existentes entre as variáveis que se ligam e mais pelas variáveis propriamente ditas: Por isso é que os autores citados as designaram genericamente de "teorias substantivas" ou "de conteúdo". Segundo Campbell, Dunette, Lawler e Weick, os principais autores das teorias substantivas ou de conteúdo são:

a) A Teoria motivacional de Abraham Maslow: Maslow não estava interessado em esclarecer através de que processo a satisfação de tais necessidades geravam motivação e, sim, preocupado com caracterizar a existência destas necessidades, às quais, para ele, eram motivos determinantes do comportamento.

Há uma série universal de necessidades fundamentais inerentes ao homem, que têm seus próprios atributos, os quais não são determinados pelas estruturas sociais, pelos modelos culturais ou por processo de socialização. O que difere é a ênfase e os meios de satisfazê-los, o que varia de cultura de um grupo ao outro. Estudando o comportamento humano, os psicólogos em geral concluem que todo comportamento é motivado, isto é provocado de alguma necessidade dentro do homem e não lhe pode ser imposto. Defini-se o comportamento, como sendo uma tentativa de satisfazer uma necessidade.

O que é necessidade? O que acontece quando sentimos necessidade? Uma necessidade é um estado de tensão ou de desequilíbrio que resulta da falta, da ausência que sentimos dentro de nós mesmos. Sentida esta ausência desta necessidade, a pessoa torna-se tensa e irrequieta, ativando-a a satisfazer esta necessidade - procurando livrar-se desta tensão e alcançar o estado de satisfação e equilíbrio. O homem, por exemplo, que esteja assistindo um show de TV, pode muito bem não estar com fome, não ter necessidade de comer. Mas o que acontece, tão logo a propaganda anuncia algo de gostoso? Tal pessoa sente-se com vontade, sente necessidade de ir à cozinha comer, ou seja, ela sente-se num estado de tensão e desconforto até o momento em que ela satisfaça esta necessidade. Desta forma aliviará a tensão, e o equilíbrio se restabelece.

Para Maslow, a humanidade está perpetuamente dependendo de indivíduos que estejam empenhados em incessante esforço para encontrarem formas de satisfazer suas necessidades básicas. Uma pessoa é motivada a alcançar um determinado objetivo por possuir internamente a necessidade de alcançá-lo. As necessidades básicas não são estáticas: uma vez satisfeita uma necessidade, ela não mais atuará como agente motivador do comportamento. Outras necessidades, então, passam a ocupar a “linha de frente”, e o comportamento é dirigido para a sua satisfação.


Até a próxima...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

. Elaboração e gestão de projetos

As organizações desempenham uma enorme e complicada variedade de redes de trabalhos de maneira coordenada e simultânea. Em geral, os traba...