Ao transmitir-se uma comunicação não se transmite tudo sobre
o assunto porque parte-se do pressuposto que o nosso interlocutor saiba preencher
as lacunas por nós deixadas, isto é, que ele está inserido na organização do
ambiente de trabalho. Exemplo: Leve esta C.I. ao P.U. (leve esta Comunicação
Interna ao Posto de Urgência). Ou a ZH publicou nota da AL do RGS (a Zero Hora
publicou nota da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul).
COMUNICAÇÃO E MOTIVAÇÃO
Às
vezes as nossas emoções e motivações tendem a alterar o sentido da comunicação,
por isso os diretores deverão estar convictos de que seu interlocutor está de
posse, conscientemente, da comunicação desejada e para isto faz com que ele,
mensageiro, repita a mensagem sem entretanto perguntá-lo entendeu?...
Compreendeu?...
Toda
a empresa tem uma hierarquia de valores na sua administração e a palavra
daqueles que se colocam no vértice da pirâmide hierárquica, recebem um cunho de
autenticidade, de oficial, porque ele é o diretor, fala pela empresa, então
tudo que ele afirmar ou negar com respeito a empresa é oficial. Diante disso,
não pode falar com seus assessores, dirigindo-se por metáforas. Ex.: “As coisas
não vão bem”. Com esta expressão o funcionário poderá deduzir que será
despedido da empresa e até muitas vezes, se convencerá que o diretor lhe
afirmou tal decisão. Da mesma forma acontecerá se ele (diretor) disser: “As
coisas vão se expandir”. O funcionário ambicioso deduzirá que será promovido ou
terá aumento de salário.
MECANISMOS PSICOLÓGICOS QUE
PROTEGEM AS ORGANIZAÇÕES
Se
nos vimos diante de informações discrepantes é característica do ser humano
distorcer a informação, rejeitá-la ou desprezá-la, para tornar a interpretá-la
como sem valor e ainda como recurso final, eliminá-la.
REJEIÇÃO DOS MEIOS DE
COMUNICAÇÃO
Quantas
vezes jogamos fora circulares de propaganda? Porque possuímos uma concepção
geral das fontes de comunicação?
Determinadas
técnicas de comunicação tornam-se ineficientes devido a sua rotina, perdendo
dessa forma sua característica principal que é a de informar. Sabemos que as
informações advindas de relatórios, boletins, etc., por serem rotineiras não
atingem seus objetivos, isto é, passam diretamente para os arquivos. Os
comunicadores deverão ter o cuidado de serem criativos e constantemente estarem
se renovando.
BARREIRAS QUE IMPEDEM AS
COMUNICAÇÕES
Como
principal barreira da comunicação destaca-se a distorção de seu conteúdo; há
mecanismos psicológicos de rejeição; tendência a rejeitar todo o conjunto da
informação.
AS PESSOAS QUE FAZEM
COMUNICAÇÃO DEVEM OBSERVAR
-
Cuidado com a relação entre suas declarações e o que poderá ocorrer dentro da
empresa;
-
Ver se a declaração possui o mesmo valor do seu conteúdo;
-
Analisar as dificuldades existentes para obter melhor comunicação.
DOIS DOS MAIORES AUXILIOS À
COMUNICAÇÃO
-
Aprender a transmitir a comunicação de acordo com a concepção que o ouvinte faz
da situação;
-
Transmitir a comunicação parceladamente, isto é, por jatos de palavras e nunca
de um só fôlego.
COMO RECEBEMOS O MUNDO
EXTERIOR
A
nossa comunicação é transmitida e recebida do mundo exterior por meio dos
nossos sentidos. A impressão recebida do mundo exterior é o que se chama de
“sensação”.
A
sensação analisada parte a parte é o que se chama de percepção. A percepção é
um processo interpretativo da sensação. Exemplo: Um mesmo desastre de automóvel
será visto diferentemente pela percepção de cada pessoa, dependendo de sua
atividade no meio social, ou melhor, de sua profissão; seja médico, mecânico,
advogado, professor, etc., cada um observará com uma visão diferente.
Arnold
salienta que há uma seqüência para avaliar uma situação:
1)
A percepção;
2)
Avaliação propriamente dita;
3)
Expressão com que vai se revestir;
4)
A ação.
LEIS DA PERCEPÇÃO
São
duas as leis da percepção:
a)
Lei da proximidade – afirma que as percepções se
unem; quando geradas por uma mesma sensação. Quando
os elementos visuais que têm cor, forma ou textura semelhantes são vistos como
pertencentes de uma mesma categoria, de uma mesma estrutura.
b)
Lei da semelhança – as percepções semelhantes são
associadas mesmo que estas não pertençam a mesma sensação. Quando mais próximo maior a
possibilidade de agruparmos os objetos.
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