terça-feira, 17 de abril de 2018

Técnicas de Seleção


A seleção de pessoal é basicamente comparativa e restritiva. Ela utiliza as chamadas técnicas de seleção. A aplicação dessas técnicas se faz por meio de diversas fases, conforme a complexidade do cargo a ser preenchido. Cada fase funciona como um filtro seletor que gradativamente vai afinando as peneiras até chegar a uma sintonia fina em relação aos candidatos. É como se cada fase fosse parte de um sistema de decantação progressiva.





 ESPECIFICAÇÃO DO CARGO
 versus



 CARACTERISTICAS DO CANDIDATO.
 

                                                                  




O que o candidato oferece
 

Técnicas de seleção para saber se o candidato tem condições pessoais de ocupar o cargo desejado.
 

Análise e descrição do cargo para saber quais os requisitos que o cargo exige do seu ocupante
 


O que o cargo requer
 
           
                                                                   versus
 






                                                                                            versus







Veja outro exemplo de etapas de seleção comentado:

§  Entrevista preliminar: geralmente a primeira fase da seleção é uma entrevista preliminar que costuma ser denominada triagem inicial. A triagem inicial pode ser delegada a profissionais da área de recursos humanos da empresa, pois nessa fase os candidatos podem ser numerosos. Nessa primeira entrevista, são verificados os dados pessoais e profissionais do candidato por meio de indagações sobre seu curriculum vitae e as características básicas de personalidade por meio da avaliação do seu comportamento pessoal. É como se o candidato fosse uma caixa preta que precisasse ser desvendada. A entrevista preliminar visa clarear a caixa preta, ou seja, esclarecer as relações entre perguntas - respostas, estímulos - reações, entradas – saídas. O resultado da entrevista é quase sempre binário: aceitação ou rejeição do candidato.

  • Entrevista técnica: a aceitação conduz o candidato à segunda fase do processo seletivo, que pode ser uma entrevista técnica com ou sem a ajuda de algum tipo de questionário ou inventario de perguntas sobre assuntos inerentes ao cargo que se pretende ocupar.
Fique de olho!: Trata-se aqui de verificar os conhecimentos e a experiência profissional do candidato em relação às exigências do cargo.
Existem algumas variações ao redor do tema “entrevista técnica”, por exemplo, a entrevista coletiva em que vários entrevistadores conversam com o candidato numa espécie de mesa – redonda ou simplesmente um exercício escrito a respeito. Muitas vezes, são feitas várias entrevistas técnicas com diferentes pessoas das empresas para uma avaliação mais ampla do candidato. Essa segunda fase constitui uma sintonia fina da primeira e enfatiza especificamente o preparo profissional e técnico do candidato em relação ao cargo desejado. Quase sempre, nas empresas mais bem-sucedidas, quem entrevista e avalia os candidatos são os próprios gerentes. Nelas, o órgão de RH não executa mais esse tipo de atividade, pois está se tornando cada vez mais um órgão de consultoria interna e deixando de ser um mero prestador de serviços. O órgão de RH não dá mais o peixe, mas ensina os executivos a pescar. Conforme comentamos, em algumas outras empresas, quem seleciona e escolhe as pessoas são os próprios membros da equipe, com a ajuda do executivo.  Nessas empresas, os funcionários têm a responsabilidade pela escolha dos seus futuros colegas de trabalho. Isso é participação.

  • Testes de seleção: se o candidato foi aprovado na entrevista técnica, ele tem mais um obstáculo que impõe uma avaliação de seus traços de personalidade e das aptidões que possui para garantir uma adequação pessoal às exigências do cargo. Essa terceira fase requer uma pesquisa psicológica por meio de testes de personalidade ou de aptidões. Deve ser efetuada por um psicólogo ou especialista em recursos humanos, cujo laudo ou relatório deverá esclarecer aspectos profundos que uma simples entrevista não pode alcançar. Trata-se de avaliar se o candidato tem facilidade para cálculos ou para raciocínio abstrato, qual seu grau de verbalização de idéias, sua capacidade de argumentação, se essas forem aptidões necessárias ao desempenho do cargo a ocupar. Ou, então, como anda sua agressividade, seu tipo de relacionamento humano, seus interesses pessoais, suas emoções, seu grau de resistência às frustrações, se esses forem os traços de personalidade requeridos.
Os testes de personalidade podem ser expressivos (PMK),  projetivos (da Árvore, Roorschach, TAT, Szondi) e inventários (Motivação, frustração ou interesses).


  • Técnicas de simulação: muitas empresas preferem incluir uma quarta fase no processo seletivo, para examinar o candidato por meio de técnicas de simulação, como sociodrama, dinâmica de grupo, pscicodrama, dramatização (ou role-playing), etc.
O sociodrama é uma técnica de simulação que enfatiza os aspectos comportamentais, bem como a facilidade no relacionamento com outras pessoas, condições de liderança pessoal etc. O sociodrama é uma simulação de situação na qual o candidato se defronta com várias pessoas desempenhando papéis relacionados com subordinados ou pares do cargo a ser preenchido, para verificar como se comporta diante de situações típicas que deverá enfrentar na empresa. É um faz-de-conta para medir e avaliar suas ações e reações pessoais em uma situação de laboratório.

Dica: As entrevistas de seleção podem ser dirigidas (com roteiro) ou não dirigidas (sem roteiro ou livres)

Na escolha dos testes para a seleção, devemos nos certificar de sua validade e “validade significa que os escores do teste se relacionam significativamente com o desempenho do cargo ou algum outro critério relevante. Quanto mais forte o relacionamento entre os resultados do teste e o desempenho, tanto mais o teste é um instrumento efetivo de seleção. Quando os escores  e o desempenho não se relacionam, o teste não é válido e não deve  ser usado para seleção”.  
Até a próxima...

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