Autoridade
é a capacidade ou poder de alguém
para
tomar decisões e agir para implementá-las”. (Lacombe)
Conheceremos um pouco a respeito do que vem a ser a autoridade e sua atuação
tanto no âmbito organizacional ou forma, quanto no âmbito das relações
extra-organizacionais. Observem que o detentor da autoridade lhe faz uso para
tomar decisões, bem como para agir conforme suas próprias opiniões. Mas, isso
não quer dizer que toda autoridade é negativa. Weber classificou a autoridade
em três tipos. Vamos conhecê-los.
Ø Autoridade Tradicional
A própria etimologia da palavra já nos
dá uma noção de que se trata dos valores, costumes e tradições. Exercida
comumente pelos pais, ela é muito utilizada para comparações do tipo “no meu
tempo as coisas eram bem diferentes”.
Segundo Max Weber “a autoridade tradicional é imposta por
procedimentos considerados legítimos porque sempre teria existido, e é aceita
em nome de uma tradição reconhecida como válida”.
No campo organizacional a autoridade
tradicional é usualmente praticada, principalmente por funcionários muito
antigos.
Ø Autoridade Carismática
Este tipo de autoridade refere-se ao
poder individual ou pessoal de alguém, de acordo com suas próprias
competências. A autoridade do tipo carismática é legitimada por seus próprios
seguidores, independente da vontade de quem está sendo legitimado. Algumas
vezes o líder carismático nem se dá conta do poder de influência que possui, já
que essa influência não foi previamente desejada pelo mesmo. A autoridade
carismática pode ser uma arma muito potente tanto para o bem como para o mal.
Jesus Cristo, um dos exemplos de líder carismático mais clássico usou seu
carisma para influenciar as pessoas à prática do bem em comum. Enquanto
que Adolf Hitler cometeu uma das maiores barbaridades já registradas pela
história utilizando-se desse tipo de autoridade
Ø
Autoridade
Racional-legal
Baseada nos regulamentos e normas que
concedem este tipo de autoridade. Ou seja, quem a possui recebeu esse direito
de alguém ou de alguma norma anteriormente regulada. O que fundamenta sua
dominação é a certeza de que as regras que lhes conferiram essa autoridade são
legítimas e corretas. Enquanto a intensidade da autoridade carismática é
definida pelos seguidores, a autoridade racional-legal tem seus limites
controlados pelas esferas que lhes destinaram a autoridade. Esse fato é muito
comum nas organizações, onde alguns funcionários, mesmo de cargos
hierarquicamente superiores, têm suas ações monitoradas e controladas pela
direção superior da empresa.
Fora do âmbito organizacional podemos
citar como exemplo os regimentos militares.
ATENÇÃO: Uma pessoa ou uma organização pode
reunir em si os três tipos de autoridade, dependendo das circunstâncias em que
ambas se encontrem.
Anísio Renato de Andrade define
autoridade como sendo “o legítimo poder
de comando ou de ação, onde o líder é aquela pessoa que reúne as condições
necessárias para conduzir o grupo ao objetivo comum. Do passado ele precisa
trazer conhecimento, experiência e, como resultado, habilidade. Em relação ao
presente, precisa ter ampla e clara percepção. Quanto ao futuro, o líder
precisa ter visão. Estamos falando de conceitos ideais. Na prática, destaca-se
a pessoa que consegue reunir a melhor combinação possível desses elementos”.
A autoridade também poderá ser
classificada em:
§ Natural – surge a partir de determinados
conhecimentos e habilidades;
§ Eleita – escolhida pelos próprios
colaboradores, por conta de características naturais do líder;
§ Delegada – por uma instância superior
ou passada atreves de gerações;
§ Imposta – de pouca aceitação por parte
dos liderados e diz respeito à imposição de um líder sem que o grupo seja
consultado.
Os limites da autoridade
Uma pergunta que muito se tem feito é
em relação ao limite da autoridade, ou seja, qual é a linha divisória entre a
autoridade positiva e a autoridade negativa. As empresas costumam cobrar muita
responsabilidade de seus líderes, mas esquecem de oferecer-lhes autoridade
suficiente para tanto. Diante dessa situação alguns líderes na tentativa de
conseguirem a cooperação de seus liderados acabam por se utilizar de autoridade
acrescida de arrogância. Instala-se o dilema: se ao líder é destinada pouca
autoridade sua produção poderá ser ineficiente, já no caso de excesso de
autoridade o risco é o de que ela seja imposta através de comportamento de
arrogância e abuso.
Os jogos de Poder X Autoridade
Alguns líderes, na tentativa de
conseguir a cooperação de seus liderados a qualquer custo utilizam-se de um
artifício chamado de “jogo de poder”, cuja utilização de alguns dos tipos é
considerada por muitos estudiosos em gestão de pessoas como sendo um meio
desesperado de conseguir uma liderança eficaz. Abaixo apresentaremos as
principais formas de utilização desses jogos.
Ø Jogo da fraqueza – neste caso, a
tática consiste em se colocar sempre em posição de vítima, tirando de si
qualquer tipo de responsabilidade quanto a atos que possam vir a desagradar aos
seus liderados. Com esse jogo o líder livra-se muitas vezes de ficar em má
situação.
Ø Jogo da informação – sua principal
característica está em esconder as informações mais importantes, como meio de
garantir sua necessidade na empresa. Tática bem típica daqueles que têm receio
em perder seu posto na empresa.
Ø O poder do “não” – esse poder na
verdade consiste em não dizer sim para tudo que lhe é imposto. O “não” representa
uma forma de mostrar que existe uma opinião própria formada, incapaz de ser
influenciada por pressões ou opiniões de outrem.
Até a próxima...
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