Ao
longo do tempo a definição de liderança vem sofrendo diversas modificações na
tentativa de melhor se adaptar ao modelo de gestão do contexto. Muitos são os
estudos que tentam explicar esse fenômeno tão positivo para as organizações,
bem como a sua evolução.
Em
alguns pontos todos concordam, os líderes são alegres, motivadores, criativos e
acima de tudo carismáticos. Antigamente, o carisma era uma característica
ligada a dons divinos, hoje, sabemos que seu significado nada mais é do que um
poder de persuasão que podemos exercer sobre outras pessoas. Apesar de algumas
pessoas já nascerem com essa característica, não significa que ela não esteja
ao alcance de todos, neste caso será necessário um empenho para desenvolvê-la.
Considerada
como essencial no interior de qualquer grupo, a liderança assume dentro dos
grupos de trabalho um papel importante no desenvolvimento das tarefas da
equipe. Porém, uma diferenciação é importante que se faça neste momento inicial
de nosso estudo: liderança e gerência representam dois diferentes estilos ou
posturas organizacionais. Enquanto os gerentes estão preocupados em fazer com
que seu grupo cumpra prazos e normas estabelecidos pela empresa, os lideres desenvolvem ações que:
Ø
Possam
ajudar ao grupo a atingir suas metas ou objetivos;
Ø
Possibilitem
a mediação de possíveis conflitos que possam surgir;
Ø
Possam
impulsionar o início das tarefas;
O transformem em ponte entre objetivos
organizacionais e os objetivos individuais de seus liderados.
A
Liderança Autocrática
Estilo
considerado bastante negativo e marcado pela presença do autoritarismo por
parte do líder e consequentemente pouca oportunidade para a livre expressão dos
liderados. O líder concentra em si todas as decisões. Constante imposição de
ordens fazendo com que a realização das tarefas do grupo apenas sejam
desenvolvidas quando da presença do “líder”, já que é ele próprio o responsável
por traçar as diretrizes. Não existem espontaneidade nem delegação de tarefas,
tudo depende da “ordem” do líder que decidirá o quê e quem fazer. As decisões
são tomadas sem que haja uma consulta prévia do grupo, fato que gera grande
insatisfação para a equipe. Este tipo de liderança evita reuniões ou qualquer
tipo de evento que possa sugerir a opinião do grupo de trabalho.
A
Liderança Liberal (laissez-faire)
Estilo
bastante criticado por proporcionar a equipe uma liberdade muitas vezes tida
como exagerada. Ao contrário do líder autoritário, o liberal delega ao grupo as
tarefas a serem desenvolvidas e o deixa livre para desenvolvê-las. Não há
controle, ao invés disso a liberdade é sua característica principal. A divisão
das tarefas também fica a cargo do grupo, o líder também não interfere nesse
ponto. Porém, toda essa liberdade poderá trazer para o grupo efeitos nocivos
quanto à dispersão ou perda do foco a ser alcançado pela equipe, já que cada um
faz o que considera correto.
O
líder também não participa da avaliação do grupo, apenas emite sua opinião
quando solicitado.
A
Liderança Democrática
Estilo
caracterizado por priorizar a participação do grupo em todas as decisões a
serem tomadas. Alguns autores referem-se ao estilo democrático como sendo o
estilo da liberdade controlada. Cabe ao grupo, como um todo, incluindo o líder,
debater e decidir sobre as diretrizes a serem tomadas. O líder democrático
possui três características essenciais: condutor, incentivador e orientador na
participação de todos os membros do grupo. Geralmente, proporciona ao grupo um
sentido de integração e satisfação.
Independente
do estilo de liderança a ser seguido, a relação entre líder e liderado deve ser
baseada em confiança e respeito mútuos. A empatia, ou seja, a capacidade de
poder se colocar no lugar do outro, é uma das variáveis mais importantes para
tornar a liderança como sendo do tipo eficaz. No entanto nenhum estilo deverá
permitir que as relações ultrapassem os limites do profissionalismo.
O
líder não pode ser um mero repassador de valores, bem mais que isso, ele deve
desenvolver com seus liderados relações fortes e verdadeiras em nome,
principalmente, dos objetivos da empresa que ambos estão representando. Para
isso é preciso que ele reúna em si algumas características citadas a seguir:
As
principais características de um líder
Abaixo
citamos algumas características que precisam necessariamente fazer parte do
cotidiano de um líder:
- Imparcialidade
– ele não pode deixar que a emoção venha a interferir nas suas decisões. A
razão deverá estar sempre presente, principalmente no momento da tomada de
decisões, onde deverá prevalecer sempre o que seja melhor para o grupo
como um todo;
- Empatia
– esta é a habilidade de conseguirmos nos projetar no lugar do outro. Ela
nos permite avaliar as situações como se estivéssemos vivendo-as;
- Cordialidade
– esta habilidade deve estar presente em todos os campos das nossas
relações, principalmente entre líderes e liderados. Somente solicitando de
seus funcionários os líderes poderão chegar a resultados satisfatórios, do
contrário, ou seja, impondo os resultados nunca serão excelentes;
- Paciência
– liderar não é tarefa fácil, ela envolve várias habilidades dentre elas a
de identificar os limites e possibilidades de cada um dos membros de seu
grupo. Poderemos ter dois excelentes colaboradores, porém, com
características de dinamismos diferentes, cabendo ao líder conhecer e
respeitar o tempo de cada um;
- Posicionamento
definido – a liderança tem sua base na personalidade daquele que está a
frente do grupo, assim este precisa tê-la bem definida. Não será nada
agradável para um grupo ter um líder com alterações constantes de
personalidade;
- Autocontrole
– a prática da liderança envolve situações muitas vezes bastante
delicadas, e que poderão exigir do líder certo controle pessoal, principalmente
quando seus conceitos, idéias e valores são postos em discussão;
- Espírito
de coletividade – é a base da liderança eficaz. Somente quando tivermos
consciência da força do trabalho em grupo, da atuação coletiva poderemos
nos considerar líderes de verdade.
A
Liderança Orientada para as pessoas
A liderança orientada para as pessoas
é um modelo de liderança burocrático que tem como característica principal a
empatia, ou seja, a capacidade de se colocar no lugar do outro. Fruto da teoria
da gestão das relações humanas é um estilo de liderança que procura ao máximo
diferenciar o homem da máquina. Assim, procura sempre estar atendo às pessoas
vendo-as de forma individual, cada uma com suas capacidades e limitações. Para
o líder orientado para as pessoas cada liderado é único e possuidor de
características que lhes são peculiares, desta forma seu tratamento também é
diferenciado, ou seja, é um líder não adepto da liderança massificada.
Está
sempre compartilhando com seu grupo as novas idéias que lhe surge, não retendo
para si os créditos desta. Compartilha também seus conhecimento e saberes
fazendo do ambiente organizacional um campo de troca de aprendizagens
constante.
A
Liderança Orientada para as tarefas
É um modelo de liderança autocrática
cuja característica principal reside no fato de que o líder tem uma intensa
preocupação com o cumprimento das tarefas a serem executadas, não levando em
consideração quem serão os responsáveis pela execução, muito menos suas
possibilidades.
Considerada uma vertente da Teoria
Clássica da Administração está altamente ligada à mecanização do trabalho,
através do seguimento de normas e estatutos organizacionais. Vale deixar claro
que a criatividade não tem qualquer abertura, ficando o liderado responsável
apenas por repetir as tarefas da forma que lhes foi orientada.
A organização representa uma máquina
formada por suas engrenagens, representada nesse caso pelos “empregados”.
As tarefas não são delegadas, do
contrário elas são impostas muitas de vezes de forma aleatória sem que sejam
levadas em conta variáveis como habilidade ou limite. O que interessa é a
execução dos trabalhos.
Já
que sua inspiração vem da teoria clássica da administração que por sua vez foi
inspirada em sistemas de engenharia, enfatiza de forma intensa tarefas e
tecnologia.
Até a próxima...
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