O verdadeiro lider pode delegar
tarefas para os outros desempenharem, mas nunca pode escapar à responsabilidade
de fazer com que as tarefas assim atribuídas sejam executadas como devem ser.
O receptor é sempre responsável
perante o lider imediato, por executar a tarefa, o lider continua
responsável por fazer com que ela se faça, e esta mesma relação continua até o lider Geral, cuja autoridade o torna responsável por tudo.
Ao delegar uma responsabilidade,
o lider, na verdade, não se livra dela. Precisará ainda exercer
supervisão.
O lider precisa garantir
que a tarefa delegada evolua em conexão com outros objetivos que ele conhece e
se vinculam ao da tarefa, para alcançar resultados satisfatórios globais.
Para se efetivar a supervisão, alguns instrumentos podem
ser utilizados:
Exame
dos Resultados - Constitui o tipo de supervisão mais fácil de exercer. O lider simplesmente contempla o desempenho final. Pode ser usada quando o
receptor possui alta capacidade de domínio da tarefa, associada a alto nível de comprometimento ou
quando a tarefa for, em boa parte, mecânica.
Supervisão
pelo acompanhamento - Em muitos casos, não é conveniente esperar que o
desempenho alcance o seu ponto final, para que o lider exerça a supervisão.
Os enganos podem atingir patamares
críticos, que os tornem difíceis de corrigir. O lider poderá avaliar o
progresso da delegação, através de acompanhamento periódico à tarefa,
realização de reuniões, diálogos, etc..
Esta supervisão será particularmente eficiente quando a responsabilidade
for nova, ampla ou difícil de executar.
Relatórios
ou relatos - Por diversas razões (fator tempo, localização,
incompatibilidade de horário para realização de reuniões), o receptor pode
prestar informações sobre o desenvolvimento das tarefas delegadas, através de
relatórios ou relatos, que podem ser freqüentes ou não, por escrito ou orais,
através de contato pessoal ou telefônico. O lider resolverá o que for
mais adequado para cada circunstância. O importante é não deixar de buscar feed-back.
No entanto, o receptor não executará a tarefa da mesma
forma como executaria o lider. Mesmo que o treinamento tenha sido eficaz,
o resultado final pode ser diverso do esperado.
Surge, naturalmente, para o lider o desejo de desistir da delegação ou reassumir a tarefa, subtraindo
a responsabilidade do receptor.
Antes de tomar qualquer medida, o lider deverá fazer uma auto-análise sincera, procurando responder algumas
perguntas que lhe servirão de parâmetro para tomada de decisões:
* Será que a tarefa delegada não seria de sua
exclusiva responsabilidade?
*
O receptor tem recorrido com muita freqüência às suas orientações?
*
Escolhi o receptor mais indicado?
*
Como o receptor tem respondido ao treinamento oferecido?
*
Preparei os instrumentos de supervisão adequados?
*
As pessoas estão identificadas com as suas tarefas?
*
Estou oferecendo instruções bem definidas?
*
Existe algum mecanismo de avaliação?
*
Os trabalhadores sentem-se à vontade para questionamentos e sugestões?
*
Estou promovendo a participação de todos?
*
Estou fazendo um bom acompanhamento?
*
Demonstro confiança nas pessoas e procuro valorizá-las?
*
Procuro estimular/motivar de alguma forma o grupo?
*
Comporto-me com tranquilidade perante os erros?
*
Os prazos determinados são realistas?
A partir destas respostas, o lider detém as condições necessárias para diagnosticar as suas
dificuldades e/ou do receptor. Se exclusivamente suas, deverá corrigi-las
adequadamente. Se forem do receptor, analisar as possíveis falhas e elaborar
programação de correção.
Até a próxima...
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