segunda-feira, 25 de setembro de 2017

RECURSOS PARA EFICÁCIA DA DELEGAÇÃO

O verdadeiro lider pode delegar tarefas para os outros desempenharem, mas nunca pode escapar à responsabilidade de fazer com que as tarefas assim atribuídas sejam executadas como devem ser.

O receptor é sempre responsável perante o lider imediato, por executar a tarefa, o lider continua responsável por fazer com que ela se faça, e esta mesma relação continua até o lider Geral, cuja autoridade o torna responsável por tudo.
Ao delegar uma responsabilidade, o lider, na verdade, não se livra dela. Precisará ainda exercer supervisão.
O lider precisa garantir que a tarefa delegada evolua em conexão com outros objetivos que ele conhece e se vinculam ao da tarefa, para alcançar resultados satisfatórios globais.
Para se efetivar a supervisão, alguns instrumentos podem ser utilizados:
Exame dos Resultados - Constitui o tipo de supervisão mais fácil de exercer. O lider simplesmente contempla o desempenho final. Pode ser usada quando o receptor possui alta capacidade de domínio da tarefa,  associada a alto nível de comprometimento ou quando a tarefa for, em boa parte, mecânica.
Supervisão pelo acompanhamento - Em muitos casos, não é conveniente esperar que o desempenho alcance o seu ponto final, para que o lider exerça a supervisão. Os enganos  podem atingir patamares críticos, que os tornem difíceis de corrigir. O lider poderá avaliar o progresso da delegação, através de acompanhamento periódico à tarefa, realização de reuniões, diálogos, etc..  Esta supervisão será particularmente eficiente quando a responsabilidade for nova, ampla ou difícil de executar.
Relatórios ou relatos - Por diversas razões (fator tempo, localização, incompatibilidade de horário para realização de reuniões), o receptor pode prestar informações sobre o desenvolvimento das tarefas delegadas, através de relatórios ou relatos, que podem ser freqüentes ou não, por escrito ou orais, através de contato pessoal ou telefônico. O lider resolverá o que for mais adequado para cada circunstância. O importante é  não deixar de buscar feed-back.

No entanto, o receptor não executará a tarefa da mesma forma como executaria o lider. Mesmo que o treinamento tenha sido eficaz, o resultado final pode ser diverso do esperado.
Surge, naturalmente, para o lider o desejo de desistir da delegação ou reassumir a tarefa, subtraindo a responsabilidade do receptor.
Antes de tomar qualquer medida, o lider deverá fazer uma auto-análise sincera, procurando responder algumas perguntas que lhe servirão de parâmetro para tomada de decisões:
  * Será que a tarefa delegada não seria de sua exclusiva responsabilidade?
     * O receptor tem recorrido com muita freqüência às suas orientações?            
     * Escolhi o receptor mais indicado?
     * Como o receptor tem respondido ao treinamento oferecido?
     * Preparei os instrumentos de supervisão adequados?
     * As pessoas estão identificadas com as suas tarefas?
     * Estou oferecendo instruções bem definidas?
     * Existe algum mecanismo de avaliação?
     * Os trabalhadores sentem-se à vontade para questionamentos e sugestões?
     * Estou promovendo a participação de todos?
     * Estou fazendo um bom acompanhamento?
     * Demonstro confiança nas pessoas e procuro valorizá-las?
     * Procuro estimular/motivar de alguma forma o grupo?
     * Comporto-me com tranquilidade perante os erros?
     * Os prazos determinados são realistas?


A partir destas respostas, o lider detém as condições necessárias para diagnosticar as suas dificuldades e/ou do receptor. Se exclusivamente suas, deverá corrigi-las adequadamente. Se forem do receptor, analisar as possíveis falhas e elaborar programação de correção.

Até a próxima...

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