Os países de língua inglesa usam um termo muito interessante para
explicar a empatia: CALÇAR OS SAPATOS DOS OUTROS.
Trata-se de um exercício difícil, num primeiro momento, mas, que depois
de aprendido, torna-se grande aliado para melhorar as nossas relações com o
próximo.
Essa técnica envolve a capacidade de suspender provisoriamente a
insistência no próprio ponto de vista, e encarar a situação a partir da
perspectiva do outro.
Significa imaginar qual seria a situação caso se estivesse no seu lugar,
como se lidaria com o fato.
Isso ajuda a desenvolver uma conscientização dos sentimentos do outro e
um respeito por eles, o que é um importante fator para a redução de conflitos e
problemas nas relações.
Só vestindo o calçado do outro saberemos se ele é apertado ou não, se
machuca aqui ou ali, e assim poderemos compreender e tomar atitudes mais
eficazes para consolar e ajudar.
Quem tem a habilidade da empatia consegue desenvolver a compaixão e
estender as mãos para auxiliar.
Para que alguém esteja apto a, verdadeiramente, consolar alguém, é
indispensável ter a percepção ou mesmo a compreensão do que está sofrendo
aquele que busca ou aguarda consolação.
Quem tem o comportamento empático compreende melhor, e julga menos, ou
julga com menos severidade.
Quem usa a empatia entende as razões do outro e consegue suavizar o
ódio, o rancor, o ressentimento, preparando-se melhor para o perdão.
A empatia ou a falta dela pode determinar se um lar viverá em constante
guerra ou harmonia.
Os pais precisam da empatia na educação dos filhos, colocando-se em seu
lugar constantemente – evitando as broncas desnecessárias, os comportamentos
distanciadores e a falta de contato com as emoções das crianças.
Os filhos devem usar de empatia com os pais, percebendo e entendendo
suas preocupações, suas dúvidas, suas inseguranças, e sua vontade de sempre
acertar e de fazer o melhor para seus rebentos.
A esposa precisa colocar-se no lugar do marido, o marido no lugar da
esposa. Ambos precisam conhecer o mundo do outro, suas angústias, suas
dificuldades e o que lhe dá alegria.
Puxa... Que dia terrível você teve hoje! Vou tentar ajudá-lo fazendo uma
comidinha bem gostosa para nós dois. Assim esquecemos um pouco dos problemas.
Eis o exemplo de um gesto simples, mas precioso, de empatia.
Ainda outro: Que trabalheira você tem em casa, meu amor... Acho que você
precisa sair um pouco para espairecer, não é? Vamos sair só nós dois para
jantar?
A criatividade voltada para o bem nos dará tantas e tantas ideias de
como realizar esse processo empático, indispensável para a sobrevivência dos
lares.
Se desejamos harmonia e melhoria nas relações, temos que passar pela
empatia, indubitavelmente.
Experimentemos usar o sapato do outro.
Experimentemos o mundo a partir do ponto de vista do outro.
Saiamos do egocentrismo destruidor ainda hoje.
Empatia... Sempre.
Até a próxima..
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