O funcionário típico dos anos 60
e 70 comparecia ao trabalho de segunda à sexta-feira e cumpria horários fixos
para uma jornada diária de oito a nove horas. O local de trabalho e os horários
eram claramente especificados. Isso não acontece mais hoje com uma grande parte
da força de trabalho. Os trabalhadores se queixam, cada vez mais, de que a
linha divisória entre os períodos dedicados ao trabalho e à vida pessoal se
tornou obscura provocando conflitos pessoais e estresse.
Uma
série de fatores contribuiu para esta confusão entre trabalho e vida pessoal.
Em primeiro lugar, a criação de organizações globais significa que o mundo
empresarial nunca dorme. A qualquer hora, em qualquer dia, milhares de
funcionário da General Electric estão trabalhando em algum lugar. A necessidade
de consultas com colegas ou clientes em oito ou dez fusos horários diferentes
faz com que os funcionários das empresas globais precisem estar “a disposição”
24 horas por dia. Em segundo lugar, a tecnologia de comunicação permite que os
funcionários façam seu trabalho em casa, no carro ou em uma praia no Taiti.
Isto permite que muitas pessoas de áreas técnicas ou em profissões liberais
trabalhem mais tempo. Por exemplo, entre 1977 e1997, a média de jornada semanal
nos Estados Unidos aumentou de 43 para 47 horas e o número de pessoas que
trabalham 50 ou mais horas por semana pulou de 24 para 37 por cento.
Finalmente, poucas famílias têm apenas um membro que trabalha fora atualmente.
Os funcionários de hoje, em sua maioria, integram um casal de trabalhadores.
Isto torna muito difícil para essas pessoas encontrar tempo para atender a
compromissos domésticos, conjugais ou com os filhos, parentes e amigos.
Os
trabalhadores percebem que o trabalho vem tomando cada vez mais espaço de suas
vidas pessoais e não estão satisfeitos com isso. Estudos recentes sugerem que
os trabalhadores desejam empregos com mais flexibilidade de horários para que
eles possam compatibilizar melhor seus assuntos pessoais e profissionais. Na
verdade, muitos estudos indicam que este equilíbrio tornou-se mais importante
do que a segurança no emprego. Além disso, a próxima geração parece ter
preocupações semelhantes. A maioria dos estudantes universitários declara que o
equilíbrio entre vida pessoal e trabalho é a sua principal meta na carreira
profissional. Eles querem ter “uma vida” além de ter um emprego! As
organizações que não conseguirem ajudar seu pessoal a atingir esse equilíbrio
vão encontrar dificuldades crescentes para atrair e reter os funcionários mais
capazes e motivados.
O
estudo do comportamento organizacional oferece diversas sugestões para orientar
o planejamento de ambientes de trabalho que ajudam o executivo a enfrentar
esses conflitos.
Até a próxima..
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