Com a mudança vem a
“temporariedade”. Nos últimos anos, a globalização, a expansão da capacidade e
os avanços na tecnologia se combinaram de forma a impor às organizações que
quiserem sobreviver que elas sejam ágeis e flexíveis. O resultado disto é que
tanto os funcionários como os dirigentes trabalham hoje em um clima que pode
ser definido como “temporário”.
As
evidências dessa situação estão em todos os lugares da organização. As funções
vêm sendo continuamente redesenhadas e as tarefas, cada vez mais, sendo
realizadas por equipes flexíveis, e não por indivíduos isolados; contratam-se
cada vez mais empregados temporários; a terceirização tem aumentado e até os
planos de pensão estão sendo remodelados para acompanhar as pessoas em suas
mudanças de emprego.
Os
trabalhadores precisam atualizar seus conhecimentos e habilidades continuamente
para atender a novas exigências do trabalho. Por exemplo, os funcionários de
empresas como Caterpillar, Ford e Alcoa agora precisam saber operar equipamento
de produção computadorizados. Isto não fazia parte da descrição de suas funções
há 20 anos. As equipes de trabalho também estão cada vez mais mutantes. No
passado, os funcionários eram indicados para um grupo de trabalho específico e
esta colocação era relativamente permanente. Havia uma sensação de segurança em
trabalhar sempre com as mesmas pessoas. Esta previsibilidade foi substituída
por grupos temporários de trabalho, equipes formadas por pessoas de diferentes
departamentos e cujos membros mudam o tempo todo, e pelo uso cada vez maior do
rodízio de funcionários para atender às necessidades sempre mutantes do
trabalho. Finalmente, as próprias organizações estão em estado de fluxo. Elas
estão constantemente reorganizando suas divisões, desfazendo-se de negócios que
não têm bom desempenho, eliminando atividades não-vitais, subcontratando
serviços e operações não-críticos de outras organizações e substituindo
empregados permanentes por temporários.
Os
executivos e os funcionários de hoje precisam aprender a lidar com a
“temporariedade”. Eles precisam aprender a conviver coma flexibilidade, a
espontaneidade e a imprevisibilidade. O estudo do comportamento organizacional
pode oferecer importantes insights
para ajudá-los a entender melhor um mundo profissional em contínua mudança, a
superar as resistências à mudança e a facilitar a elaboração de uma cultura
organizacional voltada a transformações.
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