O pensamento de Drucker representa uma ruptura
em relação à Teoria dos traços. Como afirma Drucker (1996), líderes
natos podem existir, mas, com certeza, poucos
dependerão deles. A
liderança deve e pode ser aprendida. O que define o líder é o atendimento a quatro condições básicas de liderança apresentadas pelos líderes por ele estudados: a única definição de líder é de alguém que possui seguidores.
Algumas pessoas são
pensadoras, outras, profetas. Os mas, sem seguidores, não podem existir líderes;
um líder eficaz não é alguém amado e admirado. É
alguém cujos seguidores fazem as coisas certas. Popularidade não é liderança, resultados, sim;
os líderes são bastante visíveis, portanto,
servem
de exemplo;
liderança não quer dizer
posição, privilégios, títulos ou dinheiro. Significa responsabilidade.
A
personalidade de liderança, o estilo de liderança e os traços de liderança não
existem: “a polêmica sobre características e traços é pura perda de tempo”, diz Drucker. No entanto,
na obra Administrando em tempos de
grandes mudanças, Drucker (1999) esclarece que o líder deverá desenvolver o
que ele chama de competências para
atuar nos ambientes atuais, de sucessivas
mudanças. Essas competências teriam caráter mais subjetivo, como a
empatia, a disposição para correr riscos ou para conviver com a pressão. Elas
devem ser identificadas pelo líder através do autoconhecimento.
Muitos fatores devem ser considerados para que
cada
um compreenda seu próprio estilo de liderança,
bem como o impacto deste sobre os outros e sobre o desempenho. Os líderes
simbolizam a situação organizada que lideram e, portanto, devem influenciar de
maneira construtiva; tentar lidar com a
ambiguidade que permeia muitas situações de
interação;
tentar
personificar por meio do uso da linguagem apropriada os
rituais e as outras
valores que conduzem a formas desejáveis de ação
organizada.
Até a próxima...
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