O
Conflito
O
tema de hoje será um dos assuntos mais presentes em nossas vidas, mas
talvez não tenhamos a noção do quanto ele nos atinge, às vezes de forma
positiva, e às vezes de forma negativa. Estamos falando do conflito, algo tão
inerente à nossa existência quanto as nossas próprias relações.
Os
conflitos fazem parte da dinâmica dos seres humanos e representam muitas vezes
um meio de crescimento pessoal, já que pensamentos, opiniões, idéias e pontos
de vista estão sendo discutidos e podem culminar numa reflexão acerca do
assunto em pauta. Eles
podem variar em tipo e intensidade e representam uma divergência entre as
partes envolvidas. Para que ele exista é preciso que haja um contraponto.
Quando ocorre entre duas pessoas existe ainda a tentativa de uma das partes em
impedir que a outra parte alcance seu objetivo.
Segundo
Idalberto
Chiavenato, “o conflito constitui uma
interferência ativa ou passiva, mas deliberada para impor um bloqueio sobre a
tentativa de outra parte de alcançar os seus objetivos”.
Nas relações de trabalho os conflitos
são uma constante. Isso é ruim? Nem sempre e pode representar até um meio de
desenvolvimento para a equipe, porém pode ser muito negativo se não for bem
administrado. É exatamente nesse ponto que entra a figura do líder. Na maioria
das vezes vai caber a ele gerenciar e aproveitar o que o conflito pode oferecer
de contribuição para a sua equipe.
Maria José Lobato define o conflito como sendo “uma situação que revela desentendimento,
confronto de opiniões, entre duas ou mais pessoas, situação essa que não tem de
ser necessariamente negativa”.
Os conflitos organizacionais são mais
difíceis de serem detectados, pois os envolvidos procuram dissimulá-los ao
máximo, para evitar problemas na organização e muitas vezes quando se percebe a
sua existência ele já se instalou, tornando-se mais difícil de ser
administrado. Por isso líder precisa ser bastante sensível para perceber algum
tipo de alteração no comportamento dos membros de seu grupo. O contato próximo
entre líder e liderados auxilia numa detecção mais precoce do conflito e assim,
uma possibilidade de eliminá-lo antes de sua instalação.
O que fazer?
Não existe uma receita pronta que se
possa seguir para administrar os possíveis conflitos que possamos encontrar, já
que os envolvidos são seres humanos dotados de diferenças e peculiaridades.
Porém, sabe-se que alguns pontos precisam estar claros para o líder antes que o
mesmo procure um meio de solucioná-los. São eles:
- Qual o tipo de conflito que está
se desenvolvendo, interno ou externo?
- Quem são os envolvidos diretos e
indiretos?
- Quais foram as causas primárias e
secundárias para que o mesmo fosse gerado?
- Que benefícios ele pode oferecer
ao grupo?
Somente quando as perguntas acima forem
respondidas o líder poderá optar pelo meio mais eficaz para administrar o
conflito gerado. Existem também três habilidades importantes que devem estar
presentes neste momento de observação: a empatia, ou seja, a capacidade de se
colocar na posição do outro; a escuta ativa representando uma disposição por
parte do líder em ouvir as partes principais envolvidas no processo; e uma
atitude assertiva, ou seja, atuar conscientemente no ponto correto.
Até a próxima...
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