Uma outra questão precisa ser esclarecida:
mediar é diferente de negociar. O líder ao negociar um conflito não pode se
comportar como se estivesse em meio a uma negociação. Quando negociamos
buscamos fazer com que as partes envolvidas no processo saiam ganhando
igualmente. Mediar é diferente. Trata-se de encontrar um ponto em que as partes
conflitantes concordem, mesmo que uma delas tenha que abdicar de sua opinião,
apesar de que tanto a mediação como a negociação resulte numa positiva solução
para o conflito.
Lembrem-se: o que está em jogo são os
interesses da empresa e de todos que a compõe.
Os
Tipos de Conflitos
Ø
O
Conflito Interno
É
aquele desenvolvido no campo das nossas relações intrapessoais. Representam as
nossas discordâncias internas. Se o que acreditamos e consideramos como certo é
de alguma maneira rejeitado por nossa família ou pelo grupo social ao qual
pertencemos é bem provável o início do desenvolvimento de um conflito interno.
Esse
tipo de conflito pode deixar a vida de um indivíduo imobilizada, pois, reflete
uma espécie de vazio entre o que você acredita e o que você representa, muitas
vezes para não contrariar o que é “socialmente correto”.
Apesar
de parecer um tipo de conflito meramente particular, no campo das relações de
trabalho sua presença é muito comum. Se você tem necessitado constantemente
buscar distração para as pressões originadas em seu ambiente de trabalho é bem
provável que o comportamento que lhe está sendo exigido ou mesmo que as
políticas de sua empresa estejam gerando em você algum tipo de conflito do tipo
interno.
Ø
O
conflito externo
É um tipo de conflito explícito e que
pode ocorrer em vários outros níveis externos, podendo se desenvolver nas
relações intragrupais (entre grupos), interorganizacionais (entre organizações
ou setores de uma organização) ou ainda interpessoais (entre indivíduos), onde
será mais aprofundada nossa investigação.
Os conflitos externos podem se
subdividir em:
o
Conflitos de interesse – são os
antagonismos a respeito do que nos interessa, do que desejamos ser ou obter.
Esse interesse pode ser do campo material, como o nosso desejo de obtenção de
alguns bens ou do campo de nossas posições na sociedade, como cargos ou
posições que desejamos ocupar, status.
o
Conflito de valores – esse tipo de
conflito vem a se relacionar com nossos valores e crenças. Nossos conceitos,
neste momento, são postos em interrogação. Esse tipo de conflito é
classificado como sendo um dos mais difíceis de ser mediado, pois trata de
questões de identidades moral, social e cultural. Representa uma tentativa de
negar tudo e que nos foi passado por nossos pais, amigos, professores, desde
que a nossa consciência começou a se formar.
o
Conflito de direitos – relacionados com
a infração de normas, leis ou regulamentações com as quais somos beneficiadas.
Possui uma característica bem própria de ser um conflito não passível de
negociação, já que tônica gira em torno de um direito, previamente adquirido, e
que não está sendo, de fato, respeitado e já que direito não se discute.
A
evolução na aceitação dos Conflitos Organizacionais
Os
conflitos organizacionais nem sempre foram vistos como benéficos ou importantes
para o desenvolvimento das pessoas. Do contrário, eles eram bastante temidos
pelos líderes, que preferiam nem deixar os mesmos serem iniciados.
A
evolução de sua aceitação segue praticamente a mesma evolução das teorias da
gestão administrativa. Observe a tabela a seguir:
GESTÃO CLÁSSICA
(Tradicional)
|
GESTÃO DAS RELAÇÕES
HUMANAS
|
GESTÃO
CONTEMPORÂNEA
(Interacionista)
|
O conflito deve
de todas as formas ser evitado, pois indica um mau funcionamento dentro do
grupo e um fraco desempenho do líder.
|
Conflito é o
resultado natural e inevitável em qualquer grupo. Não é necessariamente mau e
tem um potencial de converter-se em uma força positiva para determinar o
desempenho do grupo.
|
O conflito não
somente pode ser uma força positiva no grupo, como é absolutamente necessário
para que o mesmo se desenvolva de forma eficaz.
|
Observem que
existe uma espécie de evolução em relação à importância e aceitação do conflito
no interior dos grupos.


Até a próxima...
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